segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Divulgando, com pesar!

 
Morre, no Recife, criança de 1 ano que tinha doença rara
 
 
 
Foi enterrado no final da manhã deste domingo (24), em Escada na Mata Sul de Pernambuco, o corpo do menino Matheus Henrique, de 1 ano e 4 meses. Ele sofria de trombofilia, uma deficiência rara na coagulação do sangue por falta de proteína C, conhecida também como ‘púrpura fulminante do recém-nascido, e estava internado na UTI Pediátrica do Hospital Esperança, no Recife, onde acabou falecendo no sábado (23).
Eduardo Lacerda, pai da criança, disse que os períodos em que Matheus ficou sem receber o medicamento Ceprotin, utilizado no tratamento da doença, foram determinantes para o ocorrido. “Enquanto ele estava recebendo a medicação, ele tinha uma vida normal. A situação dele só veio agravar quando deixou de tomar o remédio”, disse.
A mãe de Matheus, a auxiliar administrativo Gerlainy Lacerda, ganhou na Justiça em 2012 o direito de ter o anticoagulante custeado pelo governo de Pernambuco. Ele é fabricado fora do Brasil e cada ampola custa quase R$ 3,9 mil. Neste ano, de acordo com Gerlainy, o Estado atrasou a entrega em março e outubro.
No início do mês, a Secretaria de Saúde de Pernambuco havia entregado 22 ampolas do Ceprotin aos médicos responsáveis pela criança. O remédio foi emprestado pelo Estado da Bahia, onde há outro caso de trombofilia. A hematologista Ana Cláudia dos Anjos, que acompanhava Matheus, foi enfática quando perguntada se os períodos em que o menino ficou sem o Ceprotin foram decisivos para a morte dele: “Sim, com certeza”.
Emocionado, o pai da criança afirmou que pretende entrar com uma ação judicial contra o Estado. “Eles assassinaram nosso filho. A gente está há um ano e quatro meses nessa luta, minha esposa passou praticamente um ano dentro daquele hospital. Agora é esfriar a cabeça um pouquinho, botar os pés no chão e ver o caminho que vamos seguir”, ponderou.
 
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde afirma que tomou todas as medidas para garantir ou
prolongar a vida de Matheus. O órgão informou que investiu cerca de R$ 2 milhões na aquisição de 780 ampolas do Ceprotin. A secretaria ainda colocou que os períodos em que a criança ficou sem o remédio aconteceram porque houve mudanças nas dosagens  "sem a prévia comunicação".

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